sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Palavras mortas


Palavras, apenas
Palavras pequenas
Palavras
Momentos

Do que faço a vida
Do que a minha me refaz
Amanhã, quiçá,
o sentimento não sufoque o verbo.
Penar da febre
Ímpeto do nada
Fúria do não agir.
Mas hoje,
Sim, hoje.
Mato a oração subordinada de causa e efeito.
Lacro boca e carne
Semântica e sintaxe,
Sepultadas.

5 comentários:

Maldito disse...

Nossa,...rápido, simples e visceral...
Interessante, palavras realmente tem poder.
Inté!

Bípede Falante disse...

Lacre nesse belíssimo poema e abra em outro porque suas palavras já estão como um vício do qual não podemos desistir!

Lê Fernands disse...

Sepultar também é renascer.

Fred Caju disse...

Ótimo espaço. Creio que passarei aqui de vez em sempre. Parabéns!

Thaís Duarte disse...

nu, muito lindo isso, profundo!
abraços.

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