quarta-feira, 14 de julho de 2010

Transpiração


Degusto o prosecco
 com sede de exalar
 álcool e memórias.
Que o suor lave da minha pele,
 semiárida,
 o tormento da espera
          pela mudança do tempo.                 

4 comentários:

Flávia Lima disse...

"Mas o tempo soube bem o que fazer
Deixou a chuva lavar pra escorrer daquela pele
Todo o lodo e febre
Pois o tempo soube bem como curar
A ferida que nunca mais vai sangrar
Fechada está
E nesse dia então
O mundo pôde perceber
que foi tarde demais pra ela se arrepender..."

(Recado do Tempo - Isabella Taviani)

Nem sempre o tempo muda a nosso favor. "De igual pra igual". Que a mudança desse tempo ao qual você se refere (seja ele qual for) seja equivalente e justo. beijos!

Jorge Manuel Brasil Mesquita disse...

Mudamos o que mudamos
sem sabermos que somos
estátuas de vida
velas que se extinguem
no apogeu das chamas
e mudando ao mudar
somos parecidos com o mar
vimos e vamos
sem saber onde estamos.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 26/07/2010
etpluribusepitaphius.blogspot.com

Unknown disse...

Obrigada, Jorge, pelo poemeto! Abs!

Unknown disse...

Equivalente sempre é. Justo, nem sempre. Mas, na somatória dos anos, o tempo sempre muda em nosso favor. Beijos, Srta. Escarlate!

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