segunda-feira, 17 de maio de 2010

Rejeição


Tenho pena das pessoas que não mudam. Dessas que o tempo enruga o corpo e enrijece a alma. De gente que não amadurece por orgulho ou egoísmo. Que teima em não aprender que transformação, de fato, acontece de dentro pra fora. Pena de quem não suporta a própria companhia e sempre precisa de muleta, amuleto e âncora. De gente que prefere ser cais ao mar. Tenho dó daqueles que insistem em não acompanhar a sabedoria dos anos. Os que são inflexíveis nas suas (in)certezas e, por causa delas, magoam. E ainda acham que são merecedores de segunda, terceira, quarta chance.  Desprezo quem se faz de vítima e lastimo profundamente por aqueles que acreditam que o mundo acompanha a sua pequenez. Dos que se escondem no passado e ousam planejar um futuro de frustrações. E nutrem a confiança de que contarão contigo. Tenho compaixão das pessoas que se permitem esquecer facilmente.

6 comentários:

Sara disse...

Nossa quanta inspiração hein! Muito bom mesmo, reflexivo e verdadeiro.

Anônimo disse...

...

Lis. disse...

Essa coisa de entrar em luta por sobrevivência só traz desgaste fisíco e mental colega. Basta ver quem lutou e esperneou e o que conseguiu. Acaba caindo o cabelo, e todos os pêlos.

Cuide-se.

Pâmela Grassi disse...

Pessoas que acordam com o corpo enferrujado e não encontram óleo suficiente para deslizarem sobre as possibilidade,

Abraços, Eliana

Anônimo disse...

Oi, Eliana... São palavras fortes, porém, muito, muito verazes... Às vezes, tenho medo de me tornar alguém assim... Isso porque volta e meia me pego pensando no passado e me atormento um bocado por causa dele. Entretanto, estou tentando melhorar e tirar lições sobre tudo isso. Quero realmente ser uma pessoa melhor... Obrigado pelo texto que nos induz à reflexão e sincera introspecção!

Grande abraço...

Anônimo disse...

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