Dia desses vi na Internet um mini-vídeo com o roteiro bem parecido ao de um texto que escrevi aos 20 anos. Na época, eu tinha de escrever um conto para a disciplina “Projetos Experimentais I”, do 7º semestre da faculdade de jornalismo. Tinha de ser uma narrativa que inauguraria a sessão de contos de um site lésbico chamado Greta Garbo (quem diria!). Pois bem, voltando ao curta-metragem... Ele não era parecido ao meu roteiro, era impressionantemente igual. Cenários diferentes, linguagem televisiva, mas gêmeo do meu. Daí pensei: faz tempo que precisamos de grandes pensadores! Daqueles que um dia criaram a roda, o telefone, a energia elétrica e a máquina de lavar roupa. Até as ideias passaram a ser reaproveitadas, apenas o aprimoramento de flashs que um dia pulularam na mente de visionários. Penso que, só quando encontrarmos a cura para a AIDS, para o câncer ou descobrirmos a fórmula prática e eficaz para a paz no mundo, vamos nos surpreender novamente.
Trabalhei oito anos em uma instituição científica. Conheci de cor centenas de laboratórios, milhares de monografias, dissertações e teses que ambicionavam ser úteis de alguma forma à sociedade. Me vislumbrei nos primeiros anos da carreira que iniciava, até descobrir que na Academia (que deveria ser a mola propulsora da expansão do conhecimento), até lá, as ideias se limitam. As linhas de pesquisas se restringem às habilidades de seus doutores, PHDs que, na grande maioria, foram pra fora do Brasil fazer copydesk da pesquisa de um gringo, adaptando-a aos moldes tupiniquins. Orientadores que tosam as asas de jovens aprendizes. Pioneirismo virou luxo nos grandes centros científicos. Daí as pesquisas se confinarem em um círculo vicioso “chocolate faz bem, chocolate faz mal”, “uma taça de vinho tinto ao dia é bom, mas álcool faz mal à saúde”.
De todas as novidades apresentadas nos últimos tempos, a que mais me chamou a atenção foi a descoberta da vacina para o H1N1. Vírus como o da gripe comum, que só ganhou repercussão mundial por causa do pânico generalizado causado pela mídia, que passou a contabilizar os mortos, um a um. Como se o processo natural da vida não extinguisse milhares por doenças mais banais e os devolvessem à Terra. Todos os dias. Pois bem, a reposta quase que imediata à prevenção para a “gripe A” me surpreendeu porque o Governo bancou e comprou a vacina. Porque ela chegou rápido em nosso país e teve o calendário de imunização antecipado. Por isso a surpresa, a qual serei eternamente grata aos veículos de comunicação que mobilizaram a causa (sou do grupo de risco e no próximo dia 22 estarei no postinho de saúde tomando minha dose... hehe!). Mas daí a dúvida: se o tal vírus tivesse sofrido mutações genéticas significativas, será que nossos homens de jalecos brancos ainda não estariam se debatendo diante das velhas fórmulas?
No campo da comunicação e tecnologia, as invenções não param. De ser aprimoradas. Nada de novo. Nada de raiz, de gênesis, de ineditismo.
Bem, voltando ao meu texto adaptado às telas da Internet, pensei em exibi-lo em um post independente. Não que ele o mereça (eu tinha 20 anos). Mas, aí perdeu a graça no último final de semana. Ele, aqui, será parido bem ao estilo Benjamin Button, sem direito ao rejuvenescimento. Então, me restou colocá-lo tímido, no próximo post porque acabou meu limite de caracter. Não, antes, sem este prefácio.
Trabalhei oito anos em uma instituição científica. Conheci de cor centenas de laboratórios, milhares de monografias, dissertações e teses que ambicionavam ser úteis de alguma forma à sociedade. Me vislumbrei nos primeiros anos da carreira que iniciava, até descobrir que na Academia (que deveria ser a mola propulsora da expansão do conhecimento), até lá, as ideias se limitam. As linhas de pesquisas se restringem às habilidades de seus doutores, PHDs que, na grande maioria, foram pra fora do Brasil fazer copydesk da pesquisa de um gringo, adaptando-a aos moldes tupiniquins. Orientadores que tosam as asas de jovens aprendizes. Pioneirismo virou luxo nos grandes centros científicos. Daí as pesquisas se confinarem em um círculo vicioso “chocolate faz bem, chocolate faz mal”, “uma taça de vinho tinto ao dia é bom, mas álcool faz mal à saúde”.
De todas as novidades apresentadas nos últimos tempos, a que mais me chamou a atenção foi a descoberta da vacina para o H1N1. Vírus como o da gripe comum, que só ganhou repercussão mundial por causa do pânico generalizado causado pela mídia, que passou a contabilizar os mortos, um a um. Como se o processo natural da vida não extinguisse milhares por doenças mais banais e os devolvessem à Terra. Todos os dias. Pois bem, a reposta quase que imediata à prevenção para a “gripe A” me surpreendeu porque o Governo bancou e comprou a vacina. Porque ela chegou rápido em nosso país e teve o calendário de imunização antecipado. Por isso a surpresa, a qual serei eternamente grata aos veículos de comunicação que mobilizaram a causa (sou do grupo de risco e no próximo dia 22 estarei no postinho de saúde tomando minha dose... hehe!). Mas daí a dúvida: se o tal vírus tivesse sofrido mutações genéticas significativas, será que nossos homens de jalecos brancos ainda não estariam se debatendo diante das velhas fórmulas?
No campo da comunicação e tecnologia, as invenções não param. De ser aprimoradas. Nada de novo. Nada de raiz, de gênesis, de ineditismo.
Bem, voltando ao meu texto adaptado às telas da Internet, pensei em exibi-lo em um post independente. Não que ele o mereça (eu tinha 20 anos). Mas, aí perdeu a graça no último final de semana. Ele, aqui, será parido bem ao estilo Benjamin Button, sem direito ao rejuvenescimento. Então, me restou colocá-lo tímido, no próximo post porque acabou meu limite de caracter. Não, antes, sem este prefácio.
Um comentário:
Excelentes. O prefácio e o pequeno grande Benjamin Button. Agora... limite de caracter?! Não sabia que tinha isso aqui...
Bjs
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